Sinopse:
O Livro Perplexos é composto de 63 poemas que giram em torno de um eixo, um ambiente disfuncional e as características humanas que nele não impressas e dali surge a perplexidade. Nesta atmosfera há o terror em assumir os próprios limites. O mau processamento das frustrações amplifica as neuroses. As dificuldades naturais da caminhada tornam-se insuportáveis e precisam ser compensadas pela distração ou mesmo a medicalização da vida. O sujeito inventa uma superfície que é um fragmento de si mesmo.
O Livro abre com poemas que falam do papel do Poeta em um ambiente que o condena a uma invisibilidade:
"Insanos poetas são riscos que não se deve correr,
insinuando da vida, da morte,
emprestando as respostas que se preferia desconhecer,
revelando jardins ou sombras em que não se sabia estar,
contando toda a História do mundo em frases de uma sílaba só."
Apresenta o espanto que circundam a neurose, o narcisismo, a atitude mimética, compensações, futilidades, a guerra, a linguagem, a caminhada humana e a finitude, dentre tantas impressões.
Trata dos Símbolos que olham espantados com a indiferença humana: Poemas como Meditações do Quixote, Sextante, Barômetro, Dissidente, etc.
A pergunta, incompreendida e mal respondida, que dá o primeiro impulso nesta humana busca de sentido, que perde-se pelo orgulho e desejo de poder, pode ser encontrado no Poema Espanto da Expiação:
"– Quem és tu, para que eu me preocupe contigo?"
Eis a expressão da impressão contida em Perplexos.